quarta-feira, 17 de fevereiro de 2016

Pensando na volta ao trabalho

Ai... Sentada aqui na poltrona de amamentação, com Ana grudada em meu seio, passando pela crise dos 3 meses, fico imaginando o tamanho do buraco que está se formando em meu coração. Já já é hora de voltar ao trabalho e me dou conta de que Ana nunca ficou longe de mim. Acho que o mais longe que ficamos uma da outra foi no dia em que fui jogar o lixo e ela ficou dormindo. Para quem não sabe, tivemos um parto na casa de parto da Mansão do Caminho e lá cada quarto é PPP (Pré, Parto e Pós). Isso quer dizer que ela não saiu de perto de mim para nada, nadinha... Eu acho que me apeguei a ela... O sorriso constante, ao ritmo da respiração, a maciez da pele, ao cheirinho inesquecível. Eu nem sei se ela vai chorar quando eu voltar ao trabalho, mas eu vou chorar. Vou chorar rios, vou pedir para o tempo correr, vou pegar mil ônibus para voltar logo... Vou sentir saudades. Ela também vai. Mas eu quero admitir que esse processo vai ser doloroso para nós duas. Por que não? Mas, as vezes, as coisas dolorosas são necessárias. Meu trabalho garante segurança financeira à nossa família, garante o plano de saúde que Ana precisa, garante que possamos viver com dignidade. Isso é bom pra nós todos, então será bom pra ela indiretamente e para mim também. Espero apenas que possamos superar isso juntas, rápida e satisfatoriamente.

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